domingo, 15 de junho de 2014

Acetilcoenzima A

Ciclo do Ácido Cítrico

Visão geral

           O ciclo do ácido cítrico, também conhecido como ciclo de Krebs ou ciclo dos ácidos tricarboxílicos, desempenha diversos papéis no metabolismo. É a via final para onde converge o metabolismo oxidativo de carboidratos, aminoácidos e ácidos graxos, em que seus esqueletos carbonados são convertidos em CO2. Essa oxidação fornece energia para a produção da maior parte do ATP na maioria dos animais, incluindo os humanos. O ciclo ocorre totalmente na mitocôndria e, portanto, está bastante próximo das reações de transporte de elétrons, que oxidam as coenzimas geradas pelo ciclo. O ciclo do ácido cítrico é uma via aeróbia, pois o CO2 é necessário como aceptor final dos elétrons. A maior parte das vias catabólicas do organismo converge para o ciclo do ácido cítrico. Algumas reações, tais como o catabolismo de determinados aminoácidos, produzem intermediários do ciclo e são denominadas reações anapleróticas. O ciclo do ácido cítrico também participa em diversas reações sintéticas importantes. Por exemplo, o ciclo funciona na formação de glicose a partir de esqueletos carbonados de alguns aminoácidos e do heme. Portanto, esse ciclo não deve ser visto como um ciclo fechado, mas sim como um ciclo de tráfego, com compostos que entram e saem de acordo com as necessidades do organismo.
             

Reações do ciclo do ácido cítrico

                  Resumidamente, este ciclo pode ser descrito da seguinte forma: para iniciar uma volta do ciclo, o acetil-CoA transfere o seu grupo acetil para um composto com quatro átomos de carbono, o oxaloacetato, para formar o citrato (composto com seis átomos de carbono). Este, por sua vez, é transformado em isocitrato, também uma molécula de seis átomos de carbono, e este é desidrogenado, perdendo o CO2, para dar origem ao α-cetoglutarato (ou oxoglutarato), um composto com cinco átomos de carbono. Este também perde COe libera o succinato (composto de quatro átomos de carbono), sendo convertido enzimaticamente, em uma reação de três passos em oxalacetato com quatro átomos de carbono, com o qual o ciclo foi iniciado; sendo assim, o oxalacetato está pronto para reagir com uma nova molécula de acetil-CoA e iniciar uma nova volta ao ciclo.


               

9 comentários:

  1. Um fato importante e determinante para o bom andamento do ciclo é a função transportadora de grupo acetil da Coenzima A. Sem essa coenzima, não haveria como ocorrer os processos metabólicos descritos na postagem e a obtenção energética atual seria inviável. A partir daí, destaca-se a importância do ácido pantotênico (vitamina B5) nas vias metabólicas, uma vez que essa vitamina irá constituir a coenzima A. Portanto, é muito importante a ingestão dessa vitamina na alimentação para o bom funcionamento do organismo

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  2. O Ciclo de Krebs possui tanta importância para o metabolismo de forma geral, que ele promove a conversão de vários nutrientes a partir de produtos e reagentes comuns. Através do estudo completo do metabolismo dos carboidratos, lipídeos e proteínas, vê-se que proteínas podem se converter nos outros dois, o que mostra uma grande necessidade da ingestão de doses adequadas desse nutriente para o organismo. Como não existem reservas de proteínas no corpo, essa ingestão se faz ainda mais necessária. Entretanto, o estilo de vida contemporâneo não tem permitido esse hábito alimentar. Para mais informações, leia a postagem n°04 do blog bioquimicadukan.blogspot.com.br . Lá, é mostrado um pouco mais sobre essa metabolização de nutrientes.

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  3. A função transportadora de Acetis realizada pela coenzima A é tão importante por que ela acaba sendo como uma "porta de entrada" para o ciclo de Krebs, de modo que lipídios, proteinas e carboidratos devem ser oxidados a acetil antes de começar a participar do ciclo . Portanto, o ciclo de Krebs é igual para o metabolismo de lipídeos, proteínas e carboidratos, e isso ocorre justamente por que o Acetil-CoA funciona como esse fator comum e indispensável,

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  4. É importante lembrar que além da função de ativadora do ciclo de Krebs, a Acetil-Coa é responsável por repor o oxaloacetato caso ele esteja em falta, já que ela pode funcionar como enzima alostérica, estimulando a reação que transforma o piruvato em oxaloacetato, considerada a reação limitante do ciclo de Krebs (que determina a velocidade). Esse processo ocorre geralmente quando não há Nads+ suficientes no meio para a transformação do malato em oxaloacetato.

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  5. O ciclo de Krebs é uma rota anfibólica, ou seja, possui reações catabólicas e anabólicas, com a finalidade de oxidar a acetil-CoA, que se obtém da degradação de carboidratos, ácidos graxos e aminoácidos a duas moléculas de CO2. Este ciclo inicia-se quando o piruvato que é sintetizado durante a glicólise é transformado em acetil CoA (coenzima A) por ação da enzima piruvato desidrogenase.

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  6. O ciclo do ácido cíclico tem uma importância incomparável, pois além de oxidar a molécula de acetil CoA que dará energia, ela forma inumeras moléculas necessárias ao funicionamento de outras vias. O oxaloacetato e α-cetoglutarato vão formar respectivamente aspartato e glutamato. Esses intermediários serão recompostos com as chamadas reações anapleróticas, por exemplo, à formação de oxaloacetato a partir do piruvato que é catalisada pela enzima piruvato carboxilase.

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  7. Importante relacionar os componentes desse ciclo: o Piruvato, em células musculares, além de poder ser convertido em acetil-Coa ou Oxaloacetato, também pode ser convertido em Lactato através da enzima lactato desidrogenase no chamado processo de fermentação lática. Essa via ocorre com o intuito de repor NAD+ para a via da glicólise caso a célula esteja com deficiência de oxigênio, ou seja, em situações de extremo esforço físico. Vale lembrar que a ausência de O² na mitocôndria impede a ocorrência do ciclo de Krebs e da cadeia transportadora de elétrons.

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  8. Interessante ressaltar que as vias metabólicas de quebra de glicose, aminoácidos e ácidos graxos para a síntese de ATP se convergem para o ciclo de Krebs, já que todos essas moléculas virarão acetil-Coa que é a molécula chave do ciclo de Krebs.

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  9. Nao só a vit B5 é importante. O complexo Piruvato Desidrogenasa se compoe de 5 coenzimas: Tiamina Pirofosfato TPP (vit.B1), FAD (vit.B2),NAD (vit.B3), COA(vit.B5) e lipoamida.

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